No ano de 1992, grupos femininos negros de 32 países da América Latina e Caribe se reuniram na República Dominicana para denunciar opressões, debater soluções e lutar contra o racismo e o sexismo. Esse encontro ficou marcado na história e foi reconhecido pela ONU como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho.
Essa data faz parte do marco de lutas e conquistas dessas mulheres, e traz para discussão desafios enfrentados até hoje como resultado de séculos de discriminação e desigualdade social. Dados divulgados pelo IBGE mostram como ainda é grande o abismo que separa mulheres negras de outras camadas da sociedade no acesso a serviços básicos e oportunidades no Brasil. Números de 2019 revelam, por exemplo, que as mulheres negras têm uma média salarial 56% menor que a de homens brancos. Além disso, os lares chefiados exclusivamente por mães solo e negras estão entre os mais vulneráveis: 13,9% não possui abastecimento de água e mais de 40% está sem tratamento de esgoto. (Fonte: ONU e OIT).
A mulher negra se encontra na classe mais vulnerável, já que mulheres em quase todos os países do mundo ainda ganham menos que homens nas mesmas posições, e pelo fato da questão racial ainda trazer suas consequências históricas de menos acesso à oportunidades. Este dia, mais que um dia de reconhecimento, é um dia de lutas e de voz, de busca por mais respeito e por mais igualdade para tod@s.
Fonte: Site ONU / Imagens Google.
S|A
Nenhum comentário:
Postar um comentário