Na era da sociedade digital, fluidez e
velocidade se tornam não só essenciais, mas também pré-requisitos para a
propositura de novos produtos e novas tecnologias. Neste contexto, as
fronteiras entre os conhecimentos e os serviços, que já foram tão delimitados, começam
a ficar mais permeáveis e mais suscetíveis a mudanças e a uma veloz
adaptabilidade, cenário perfeito para o surgimento expressivo das techs, ou das Technologies, que designam
empresas de negócios já estabelecidos no mercado hibridizadas com o
aprimoramento e escalabilidade trazidos pela aplicação da tecnologia, como tem
sido os casos:
- das famosas Fintechs, que buscam trazer a eficiência e a acessibilidade através da tecnologia no mundo das soluções financeiras;
- de Logtechs, que trazem soluções de base tecnológica para o setor logístico, e já estão na mira de aproveitamento pelas grandes do varejo;
- das Edtechs que tem, entre outras coisas, inserido um conceito de ludicidade à base da tecnologia na educação, tanto infantil e acadêmica quanto profissional ou corporativa, e entre várias outras áreas.
- Até mesmo o Direito, com suas bases no longínquo Direito Romano antes mesmo do início do Anno Domini da Era Cristã, está passando pela hibridização com a tecnologia e oferecendo novas soluções auxiliares ao universo jurídico através das Lawtechs e Legaltechs, que tiveram sua representatividade instituída no Brasil pela AB2L oficialmente neste ano de 2017.
No Brasil, há pelo menos duas décadas
se discute sistematização e digitalização na advocacia e no judiciário, mas
muito do que vinha sendo criado até então era mais vinculado a uma melhora de
processamento, guarda e acesso a informações digitais do que a novos modelos de
pensar os negócios, e essa tem sido a disrupção trazida pelas Lawtechs e Legaltechs.
Isso converge para as questões
discutidas nas macrotendências mundiais, entre elas as tecnologias exponenciais
e a reconfiguração do trabalho, o que também traz forte a discussão da
necessidade urgente de se reavaliar as formas de incentivo ao aprendizado, a
multidisciplinaridade e a integração entre soluções dispostas por áreas
diversificadas do conhecimento. As profissões não estão estanques neste
cenário, mas a necessidade de bons profissionais em todas as áreas de negócios,
entre elas do Direito, perdurarão.
A pauta Lawtechs e Legaltechs tem
transbordado o universo jurídico e da programação em TI e têm chegado também
aos estudos de Administração, Gestão e Cibercultura. Este estudo mesmo é apenas
um recorte de trabalhos completos que serão apresentados em congressos de
estudos de novos negócios em breve, e certamente teremos novidades exponenciais em um futuro muito
próximo.
S.Azevedo
S.Azevedo
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