Uma
das palavras utilizadas em larga escala na contemporaneidade é "flexibilidade". Ser flexível ao invés de
especialista demais é uma qualidade, não que a especialização não seja
importante, muito pelo contrário, mas o desejado é que as pessoas tenham
capacidade de agir de acordo com as situações que se apresentam, atendendo às
necessidades do mercado. Neste contexto flexibilidade significa capacidade de
adaptação após a percepção das mudanças existentes ou das mudanças que estão
sendo propostas. A flexibilidade adaptativa, que permite que as pessoas mudem
de área de atuação com naturalidade assim como as empresas podem mudar os
portfólios de acordo com novas demandas de mercado, é uma das principais
vantagens adaptativas modernas.
Além
da informação, das habilidades de comunicação e de criatividade, outra
tendência de destaque tem sido os estudos voltados para empreendedorismo, ou
seja, se utilizar de criatividade e ousadia para melhorar, redesenhar, otimizar
ou agilizar processos ou produtos já existentes, bem como criar novos processos
ou produtos, tanto em novos empreendimentos quanto em organizações já
estabelecidas com o intraempreendedorismo.
Falar
em flexibilidade e em empreendedorismo faz todo sentido no contexto da
tecnologia. As tecnologias de informação e comunicação estão inerentes ao
ambiente, então se há a pretensão de se desenhar soluções que façam sentido no
mundo contemporâneo é necessário considerar estes elementos em forma conjunta.
Juntando
os novos conceitos de aprendizado durante a vida com o de escolhas de carreira,
as pessoas poderão se balizar pela compatibilidade entre elas e a ocupação
escolhida, mas será essencial e cada vez mais necessário possuir uma visão mais
ampla do leque de escolhas, tanto por razões de trabalho por subsistência
quanto pela realização de um propósito pessoal.
Trecho de texto publicado em 2017 na ABET, por S.A.